A Deusa Mãe


No Wiccanismo normalmente é aceito o conceito de uma Deusa Trina, ou seja, três divindades ao mesmo tempo. Podendo representar uma Deusa-Virgem, pois ela deu a luz ao Deus Criador sem concepção ou ato sexual, representando a pureza, a virgindade, a castidade e o respeito pelo ser. Como Deusa-Mãe ela representa a fertilidade, dando a luz ao próprio Deus Criador.

E por último como Deusa-Anciã, representando sua enorme sabedoria, a Deusa conhece tudo sobre seus filhos, sabe dar os conselhos certos e que só quer o bem de seus filhos.  

Em algumas outras religiões antigas, hoje chamadas de mitologias este mesmo entendimento da Deusa é chamado de Gaya, a Deusa-Mãe, a Deusa Terra.

Na Deusa-Mãe habitamos e simbioticamente vivemos, todos e tudo faz parte da Deusa-Mãe, quando ferimos a Natureza, ferimos a Deusa-Mãe, quando fazemos mal a outra pessoa, ferimos a Deusa-Mãe, quando fazemos mal a nós mesmos, ferimos a Deusa-Mãe.

Deste romântico conceito, simples e lindo vem a necessidade de contemplação e respeito a natureza ao qual todo ser faz parte e pertence.
 
Até podemos não entender o Deus Criador, mas a Deusa-Mãe todos conseguem senti-la e admira-la. Ela toca sua face quando sopra o ar contra seu rosto, ela aquece seu corpo criando o calor com o fogo, fruto da queima de frutos de sua próprio corpo a terra.

O quatro elementos compões a Deusa-Mãe, e quando entendemos todo este conjunto de conceitos criamos o quinto elemento a sabedoria, o espírito, a consciência. Atendendo o desejo do Deus Criador em possuir uma consciência que lhe contemplasse que soubesse de usa existência.

O Deus Criador está ligado a Deusa-Mãe, e a Deusa-Mãe está ligada ao Deus Criador. Assim como fazemos parte da Deusa-Mãe e do Deus Criador.

Neste momento você novamente está reconhecendo conceitos que foram utilizados em religiões mais modernas, a trindade, a Deusa-Virgem que foi Mãe do próprio Deus Criador.

Veja só, você começou a ser mais Wicca do que imagina. São entendimentos muito antigos, encontrados em esculturas pré-históricas, em tribos muito antigas, em desenhos em cavernas. Traços da contemplação a Deusa-Mãe em volta de fogueiras, de banhos na água corrente para purificar, no vento representando um espírito maior, na terra que enterramos nossos entes queridos.

O homem pré-histórico já enterrava seus mortos, devolvendo para a Deusa-Mãe o que a ela pertence. São conhecimentos muito antigos, impregnados na cultura humana e presenciado de alguma forma em todas as culturas existentes.

Existem muitos adeptos do Wicca que acreditam que a Deusa e o Deus são meramente dois aspectos de um mesmo conjunto de forças que materializam a divindade (deidade), às vezes vista como uma deidade panteística, abrangendo, assim, tudo o que existe no Universo.

Em seus escritos, Gardner se refere a este ser como o "Motor Primordial" que permaneceu desconhecido durante os séculos, embora nos rituais da sua tradição chamada Gardnerianismo ele seja referido como Dryghten, originalmente uma palavra que significa "Lord" ("Senhor") na Língua inglesa antiga. A partir disso, diversos outros nomes foram dados a este "Motor Primordial"; Scott Cunningham, por exemplo, chamava-no de "O Uno".



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